junho 23, 2016


Às vezes olho para ela com uma sensação de incapacidade absoluta de a proteger do mundo e quase que me apetece pedir desculpa por isso e fugir.
As horas de privação de sono e o choro raro dela, mas que ainda não consigo descodificar, fazem-me chorar quando a tenho nos braços e sinto que não tenho capacidade para mais.
A vida tomou uma dimensão enorme.
Primeiro veio a montanha russa da mudança e depois os pequenos momentos em que já começo a saborear os silêncios com ela.
Ela chegou.
Poucos dias depois a minha avó, em quem me inspirei para lhe escolher o nome, partiu.
Tudo acontece a mil à hora.
E nada. Nada na vida é ao acaso.
A vida ganhou uma forma até aqui inigualável, mas para isso foi também preciso perder.
A Maria do Carmo nasceu e há já uma força nela igual à lei da natureza.

1 comentário:

Anita disse...

Lamento muito a tua perda ♥ ... um sentimento agridoce decerto...
Muitas felicidades nesta nova etapa ☺ muita saúde para a Maria do Carmo e que a Vida Vos seja leve ☺ beijinho