novembro 10, 2015


Hoje desviei o caminho da estrada e fui espreitar o mar.
Hoje o sol estava a pedir-me para ir atrás dele e deixar-me ficar, estava a pedir-me para não me mexer como uma roldana mal oleada que faz o mesmo movimentado esgotado, todos os dias.
E em vez de ir a correr para o meu novo trabalho, resolvi correr uns segundos para dentro de mim.
Perdi-me no meio de hortas e couves caseiras, sem ninguém, sem grandes produções.
Perdi-me no simples e isso não me assustou.
Parei em frente ao mar e sentei-me num muro com os pés a baloiçar no ar.
Como se não pertencesse a regra nenhuma, nem a agendas, nem às empresas dos outros.
Parei talvez 5 minutos. Terão sido 10?
Sei que ainda não sou aquilo que ambicionei.
Não sou quem planeei ser.
E agora?
Qual dos dois lados da balança devo ouvir?
Não sei dar-me as respostas certas.
Respirei fundo e voltei até à porta do carro.
Mas voltei atrás para ver o mar de novo, como se me falhasse alguma informação.
E pensei onde anda Deus que não dou por ele nos pormenores…


1 comentário:

Anónimo disse...

Muitas das falhas da vida acontecem quando as pessoas não percebem o quão perto estão quando desistem...