setembro 28, 2016


Começo a tentar recomeçar a ser quem era antes da Maria do Carmo aparecer na minha vida.
Dois dias de corrida.
O coração explode de dor.
E os ouvidos ficam com um zumbido ensurdecedor.
No sprint final o meu pé leva um esticão e não poisa mais no chão.
Massagens, gelo, voltaren, mais gelo e a dor trava-se o calcanhar como se tivesse de reaprender a andar.
Mais de um mês a andar pela metade e a carregar a Maria do Carmo ao colo e a pensar que estou presa dentro do meu próprio corpo.
Parece que desaprendi tudo.
Como a Maria do Carmo, nasci agora e terei de aprender tudo com uma tábua rasa.
Antes de começar a correr, tenho de reaprender o que é o meu andar.

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