fevereiro 11, 2016



Como é que imaginamos alguém que ainda não vimos cara a cara?
Mesmo que nos toque todos os dias.
Mesmo que possa ser uma réplica nossa de personalidade.
Mesmo que seja uma extensão da nossa pele, como será o olhar de alguém que ainda não vimos?
Escolhemos um nome para lhe definir já os primeiros traços e pelo bater da barriga e os braços no ar, achamos que vai ser uma agitadora de pessoas e ideias.
Como é que se afirmará perante os outros?
Que importância terá para ela o amor pelos outros?
Não a vejo bem ainda.
Porque ainda está a crescer.
Para já fiz a única escolha que podia ter feito por ela.
É a Maria do Carmo.
O resto será tudo o que a liberdade dela lhe permitir ser.
E isso ainda me faz amá-la mais.
Não saber quem será a minha Maria.

Mas calcular um pouco…

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