Quando tremes e me abanas e me estremeces a cabeça e o equílibrio do corpo já tão abalado em ti.
Quando me atravessas com o teu calor sufocante e te entranhas num cheiro de paixão tão próprio, tão forte.
E quando me perco e não vejo as tuas saídas que me ajudam a encontrar as minhas.
Quando sonho que podia viver contigo o resto da vida e ter um projeto teu, contigo.
Quando me gelas a pele e o instinto de te amar tanto e quando me consegues arrefecer o calor tão guardado cá dentro.
É quando te vejo, toco, até se te piso. É esse momento também que me faz amar-te, demais.
É quando me metes medo e cantas canções de gaivotas perdidas.
Quando me salpicas indiscriminadamente a pele, sem aviso, e quando a esmagas num turbilhão de movimentos que vão e voltam sempre.
Quando me encurralas entre a pedra gasta e o tinto robusto, na noite que me espanta como uma criança a ver o mundo a primeira vez.
Ou quando me espreitas quando acho que já te fintei.
Quando me sopras jazz ao ouvido, como um ritual de sedução que só os mais descarados têm.
Amo-te.
E sufoco-me de paixão por ti.
Perco-me e retomo-me cada vez que voltamos.
Veneza. Amo-te.
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