julho 28, 2014
julho 21, 2014
Uma guerra fria é quando alguém nos tenta minar o caminho todo e não nos enfrenta por cobardia.
E nós reagimos hipocritamente a fingir que não notamos nada.
Até ao momento em que sabemos ambos que as armas estão apontadas e que será na primeira distração que o primeiro ataque se faz.
E sabemos que temos todas as horas do mundo para esperar pelo segundo exato.
Tenho passado algum tempo a pensar que quanto mais tempo resolvo eu todos os assuntos da minha vida, menos preciso dos outros e menos sinto falta deles.
Ás vezes temo estar a chegar à conclusão que quanto mais independente sou, mais sozinha me torno.
Porque já não me faz falta ninguém.
E isso pode tornar-se assustador porque nessa independência não sei onde encaixo a maternidade.
julho 02, 2014
junho 22, 2014
maio 02, 2014
abril 25, 2014
a verdade
Aquilo que não se conta.
Aquilo que não se pergunta.
É às vezes quase tudo o que há a dizer de nós...
janeiro 30, 2014
janeiro 16, 2014
Talvez algumas paixões devam ser apenas vividas como tal, como coisas passageiras sem reflexos no futuro.
E talvez aquilo que se ama seja o ideal do que se construiu e não a pessoa em si.
E talvez essas pessoas surjam na nossa vida apenas para nos fazer ter a certeza do que queremos.
Para nos dar a certeza do que não queremos.
Talvez...
janeiro 09, 2014
10 anos
Talvez nos últimos 10 anos não nos tenhamos visto muito.
Foram os últimos 10 anos que mais nos fizeram crescer a todos: a saída da faculdade, o primeiro emprego, as grandes decisões de amor, as grandes falhas emocionais, as desilusões no trabalho onde não se fazem os melhores amigos, a primeira casa de casada, a primeira casa de solteira de novo, as contas por pagar, o primeiro ordenado e os impostos pagos.
Veio ao meu trabalho por coincidência e abriu uma busca desenfreada no facebook até me encontrar.
Fui resgatá-la à receção, como a resgatava nos seminários na faculdade quando comprávamos guerras de ideais com os professores e não tínhamos medo de nada.
O tempo voou como voava quando achavamos que dominavamos o mundo e a verdade.
Despedimo-nos com a promessa de que o tempo não nos pode afastar mais.
Ela foi-se embora e eu fiquei parada e perdida em pensamentos.
"Lembras-te como éramos?".
O tempo mudou-me, arrefeceu-me o sangue na guelra e a postura destemida para ir de frente contra tudo.
O tempo fez com que eu casasse e me separasse, com que quisesse ter uma família e a perdesse.
O tempo deu-me a ilusão que as carreiras se fazem pelo mérito e pela verdade e nunca mais me deixou crescer, tornou-me apática, resignada de ideais.
O tempo fez-me acreditar que cada pessoa constrói um império de sonhos, amor, família, mas o tempo também ensina que quanto mais se sonha, mais alto se quebra.
E o império passou a casa desabitada sem nunca ter tido a alma para ser preenchida.
Em 10 anos percebi que o sonho é a arrogância dos ignorantes.
Perdi quase tudo e tive de novo a arrogância de acreditar.
Mas o mesmo tempo que dá, rouba.
Parada a vê-la sair e a levar parte daquilo que já fui há 10 anos...
10 anos para perceber que deixei de ser livre.
Sonhadora.
Arrogante.
Destemida.
Ignorante.
Não é grave.
Podia ter demorado muito mais...
dezembro 26, 2013
dilemas de natal...
Como é que se divide a emoção entre a família de sangue e aquela que passa a ser nossa porque o coração escolheu alguém de lá?
Porque é que temos de optar entre o amor óbvio dos que são nossos e dos que entram na nossa vida por acréscimo?
Porque é que o amor soma parcelas que não queremos na nossa equação e nos tira outras que sempre foram nossas?
E chega o amor para construir uma família noutra que já existe e que não queremos obrigatoriamente adoptar?
O amor é a coisa mais egoísta e matemática que tenho porque quando se escolhe uma pessoa, vem sempre agregada a ela uma soma que não se separa da equação.
Goste-se, ou não, é matemático.
E o amor não gosta nada de matemáticas.
dezembro 11, 2013
o meu dia
Às vezes custa-nos a acreditar que merecemos ser felizes, como se a seguir tivesse que acontecer algo mau ou negativo.
Talvez porque a felicidade nunca tenha sido facilmente alcançada...
Mas há o dia em que tomamos nós conta do rumo do destino.
E esse é o dia da nossa afirmação mais pessoal.
novembro 15, 2013
O coração é um músculo lixado porque quando nos magoam ele assume o problema como dele, encolhe e fica tão apertado que causa uma dor terrível.
Mirra e fica sem se mexer, como um cubo duro e que ocupa espaço sem nos deixar respirar.
Nestes dias em que o coração toma a dor da alma, eu estico-o e obrigo-o a doer ainda mais.
Puxo-o ao limite e passo aquilo que deveria ser a média de batimentos dele.
E ele segue-me.
E dói menos a seguir porque sabe que ainda aguenta mais.
O meu coração é o meu fiel companheiro, mas sou eu que mando nele.
E por isso ele só dói quando eu mando e não quando os outros me fazem mal.
outubro 29, 2013
outubro 24, 2013
Da nossa vida faz parte a aceitação dos outros.
Aceitar o que já vivemos como um carimbo do nosso álbum de vida.
E o que chega de novo como meta de aprendizagem, mesmo que não nos leve a um lugar melhor.
Às vezes somos obrigados a abrir o círculo para que outros entrem, mesmo não querendo.
E a vida passa a ser regida pelo nosso eu integrado no eu dos outros.
Chegar ao centro de encontro de nós próprios é talvez um processo que demore toda uma vida.
Talvez não chegue esta vida para aceitar tudo...
E este processo que me soa a invasão, causa-me mais dor que conforto.
outubro 23, 2013
Subscrever:
Mensagens (Atom)