março 25, 2013
vender a alma ao diabo
Posso lá dar o coração e alma sem receber quase o mesmo em troca...
Posso lá ser mãe dos filhos que não tenho.
Posso lá entender o passado se não o vivi nem quero fazer parte dele.
Posso lá eu viver para os outros se não escolhi que metade deles fizessem parte de mim.
Eu posso lá ser outra pessoa se não escolhi aquilo que tenho, como tenho...
Aquilo que carrego e que não é meu e que devia estar a viver pela primeira vez... posso lá ser deles se eles não me pertencem.
março 20, 2013
a fé que é social
É vê-los todos a ir para as jornadas de boas vindas ao novo Papa e a ter muitas convicções morais e católicas.
E depois não sabem quem são como pessoas individuais, mas movem-se em rebanhos porque consideram que isso lhes molda o caracter e a posição no mundo e na sociedade burguesa onde habitam.
E eu gosto deste Papa.
E respeito a fé de cada um.
Mas a falta de sentido crítico e de reflexão interior assusta-me, principalmente quando são estas pessoas que representam as novas gerações que vão conduzir o mundo.
E depois não sabem quem são como pessoas individuais, mas movem-se em rebanhos porque consideram que isso lhes molda o caracter e a posição no mundo e na sociedade burguesa onde habitam.
E eu gosto deste Papa.
E respeito a fé de cada um.
Mas a falta de sentido crítico e de reflexão interior assusta-me, principalmente quando são estas pessoas que representam as novas gerações que vão conduzir o mundo.
fevereiro 11, 2013
no segundo em que o presente é tarde demais
No dia 4 de Outubro de 2011 escrevi aquilo que era o mais seguro a que me podia agarrar, escrevi quem era e o meu feeling daquilo que estava a viver.
Hoje volto a reiterar quem sou, não falhei em nada.
O meu coração já partiu, eu vou atrás dele.
Há um dia em que acordamos com decisões tomadas.
Sem avisos prévios e sem despedidas anunciadas.
O dia em que acordamos e encerramos o ciclo.
O dia em que decidimos que acabaram as cenas de bastidores, sempre atrás da história real e escondidos dos olhares públicos.
Há um segundo que nos atravessa e molda o pensamento e segue o destino.
O segundo em que seguimos um caminho e deixamos outro.
É no dia em que deixamos de permitir ser a sombra de alguém.
No dia em que já partimos, alguém se lembrará da saudade que a partida causa.
É. No segundo em que o presente se tornou tarde demais.
O dia da decisão é quando não o planeámos sequer.
Hoje volto a reiterar quem sou, não falhei em nada.
O meu coração já partiu, eu vou atrás dele.
Há um dia em que acordamos com decisões tomadas.
Sem avisos prévios e sem despedidas anunciadas.
O dia em que acordamos e encerramos o ciclo.
O dia em que decidimos que acabaram as cenas de bastidores, sempre atrás da história real e escondidos dos olhares públicos.
Há um segundo que nos atravessa e molda o pensamento e segue o destino.
O segundo em que seguimos um caminho e deixamos outro.
É no dia em que deixamos de permitir ser a sombra de alguém.
No dia em que já partimos, alguém se lembrará da saudade que a partida causa.
É. No segundo em que o presente se tornou tarde demais.
O dia da decisão é quando não o planeámos sequer.
fevereiro 05, 2013
zona de conforto
“O mal não é voltar atrás das decisões, é não ter tentado tomá-las.
Se não conseguirem… não tem mal, tentaram, mas se não tentarem ir sempre mais longe, nunca vão saber se conseguiriam.
Se não conseguirem, não faz mal, voltem atrás. A sério, sem vergonha.
Pode-se sempre voltar atrás.Por isso tentem sair todos os dias da vossa zona de conforto, sem medo.
Mas se o medo falar mais alto, então fiquem aí na vossa zona de conforto e não tentem mais nada, só não se queixem depois.”
É essencialmente por isto que faço desporto, porque vai para lá do óbvio de um esforço físico, é essencialmente mental, essencialmente uma conversa para mim.
E é bom ouvir aquilo que a cabeça já nos devia dizer todos os dias.
janeiro 14, 2013
Com a idade e com o tempo que passa, aprendemos que tudo tem uma razão de ser.
Deixamos arrefecer o sangue que nos corre e medimos o pulso aos outros, para saber se vale a pena lutar por eles, ou deixá-los cair.
Percebemos que a inveja fará sempre parte da relação humana dos mais fracos e que o mundo nunca gostará por inteiro de nós.
Começamos na escola com o miúdo que nos magoa sem critério, ou no primeiro assalto quando acabámos de receber o relógio novo que custou a comprar.
A vida é mesmo assim, prepara-nos apenas para sermos os mais fortes.
Depois crescemos e a pequenez dos outros é mais refinada porque se criam filtros e perde-se a coragem de se ser frontal.
Tornamo-nos completamente autónomos da defesa dos mais velhos, dos que supostamente no início nos protegiam e seguimos por nós, sujeitos aos tropeções dos fracos que serpenteiam aos nossos pés.
Aprendemos a criar defesas e rezamos para não nos transformarmos em seres amorfos que só sabem falar quando não têm espectadores.
Ensinam-nos que temos de saber viver pacificamente em comunidade e acabamos por lidar com um grupo de pessoas que compete por tudo connosco: a inteligência, os sapatos e o casaco, compete com os laços que criamos, com a família e o amor que temos. As pessoas competem sempre connosco por aquilo que não têm.
Passamos a vida a relativizar, já não respondemos “olho por olho, dente por dente” e vamos criando rios que nos separam dos outros, criamos uma imunidade banhada pelas defesas da idade, cada categoria de pessoas assume um lugar.
Aprendemos que a defesa é uma fórmula matemática.
Sempre tive tendência para ser protagonista da vida dos outros, comentam-me como se eu tivesse optado por ser figura pública, ou como se me quisessem despertar a atenção.
Sempre gostaram de falar de mim, de fazer comparações e análises sobre alguém que julgam conhecer. São sempre pessoas a quem damos menos atenção.
Nunca quis apurar os meus filtros.
E sempre escolhi continuar a ser a mesma, sem grandes teias, sem me importar demasiado com a aparência do papel público e com encenações. A vida preparou-me para fazer parte dos mais fortes, mesmo que isso seja polémico, cru.
Os outros? Os que falam? Os que espalham fórmulas morais sobre nós? Esses outros que nos foram ensinando ao longo da vida a sermos os mais fortes?
A esses também devo quem sou.
Deixamos arrefecer o sangue que nos corre e medimos o pulso aos outros, para saber se vale a pena lutar por eles, ou deixá-los cair.
Percebemos que a inveja fará sempre parte da relação humana dos mais fracos e que o mundo nunca gostará por inteiro de nós.
Começamos na escola com o miúdo que nos magoa sem critério, ou no primeiro assalto quando acabámos de receber o relógio novo que custou a comprar.
A vida é mesmo assim, prepara-nos apenas para sermos os mais fortes.
Depois crescemos e a pequenez dos outros é mais refinada porque se criam filtros e perde-se a coragem de se ser frontal.
Tornamo-nos completamente autónomos da defesa dos mais velhos, dos que supostamente no início nos protegiam e seguimos por nós, sujeitos aos tropeções dos fracos que serpenteiam aos nossos pés.
Aprendemos a criar defesas e rezamos para não nos transformarmos em seres amorfos que só sabem falar quando não têm espectadores.
Ensinam-nos que temos de saber viver pacificamente em comunidade e acabamos por lidar com um grupo de pessoas que compete por tudo connosco: a inteligência, os sapatos e o casaco, compete com os laços que criamos, com a família e o amor que temos. As pessoas competem sempre connosco por aquilo que não têm.
Passamos a vida a relativizar, já não respondemos “olho por olho, dente por dente” e vamos criando rios que nos separam dos outros, criamos uma imunidade banhada pelas defesas da idade, cada categoria de pessoas assume um lugar.
Aprendemos que a defesa é uma fórmula matemática.
Sempre tive tendência para ser protagonista da vida dos outros, comentam-me como se eu tivesse optado por ser figura pública, ou como se me quisessem despertar a atenção.
Sempre gostaram de falar de mim, de fazer comparações e análises sobre alguém que julgam conhecer. São sempre pessoas a quem damos menos atenção.
Nunca quis apurar os meus filtros.
E sempre escolhi continuar a ser a mesma, sem grandes teias, sem me importar demasiado com a aparência do papel público e com encenações. A vida preparou-me para fazer parte dos mais fortes, mesmo que isso seja polémico, cru.
Os outros? Os que falam? Os que espalham fórmulas morais sobre nós? Esses outros que nos foram ensinando ao longo da vida a sermos os mais fortes?
A esses também devo quem sou.
dezembro 26, 2012
postais de felicidade
As reuniões para celebrar o Natal são sempre mais que muitas.
Com os amigos, a família afastada, os que não são nada, mas a quem devemos a nossa presença... Brindamos ao Natal uma semana antes e criamos, eu crio, a expetativa da noite em si como se fosse um apogeu de sensações espremidas a um só dia.
A noite da família, onde os presentes foram delegados para segundo plano e os afetos passam a ser a palavra chave para os adultos.
A família... repito eu sozinha dentro da cabeça a cada brinde ou almoço antecipado, a cada encontro marcado.
Chegam-me as fotografias dos bebés dos amigos, como postais perfeitos.
A minha família já se sentou e já se levantou.
A família já saiu.
Véspera de Natal e sento-me no sofá já vazio.
A meia noite ainda vai chegar.
Olho para a sala ainda com luz de velas e aromas de açúcar.
Não se ouve nada para lá da chuva que bate no vidro.
Passo pelos filmes todos e paro no canal das crianças.
Deito-me no sofá porque não quero adormecer cedo demais na cama.
A família... penso.
Viajo pelas pessoas que estão longe e penso se estarão sozinhas, tristes, felizes.
Imagino o ruído que estará na casa dos amigos que têm os bebés dos postais de felicidade.
E chego ao meu sofá, ao meu silêncio.
A família... falta-me qualquer coisa muito minha.
Qualquer coisa que não construí.
Qualquer coisa que ficou tarde para criar.
Qualquer coisa que imaginei nos postais...
dezembro 19, 2012
os pais deviam fazer testes psicotécnicos, antes de serem nossos
Falhou-me o presente de Natal que tinha para lhe dar.
Ou talvez não o tenha procurado o tempo suficiente.
Almoçamos sempre todas as semanas, quase sempre à quarta.
Hoje almoçámos também.
E foi já o almoço de Natal e o de despedida do ano.
Justifiquei-me atrapalhada pela ausência do presente. Nem aos manos dei nada.
E ele, a mim, disse que queria comprar algo, mas que também não calhou. Esticou a mão, deu-me dinheiro. Eu guardei sem ver.
Falámos das notícias do país, da escola dos irmãos. Os irmãos, as notícias do país.
Eu não falo de mim.
Ele não fala dele.
Temos um rio que corre bravo entre nós e que tem dor e mágoa e lágrimas de um passado arrancado sem permissão para se reconstruir.
Olhei-o de relance a pensar que lhe devia contar alguma coisa de mim, mas perdi a coragem. Eu perco sempre a coragem.
Dizer quem sou obriga-me a ter coragem?
Mas eu não tenho vergonha de mim. Ou tenho? Ou será a culpa?
Parou o carro em frente ao meu trabalho, como o faz todas as quartas.
Forcei o sorriso de euforia e de quem é desligada dos afetos.
Não o olhei nos olhos.
E enquanto deslizei pelo banco para me erguer de pé na estrada disse mais uma vez, como em tantos anos o aprendi a fazer...
"Adeus pai".
dezembro 03, 2012
Se a tua mochila não fosse tão pesada.
Se o corpo não te atraiçoasse a vontade de ir mais longe.
Se as mantas não fossem de lã.
Se o espaço que tens me encaixasse nele.
Se o meu mundo fosse mais pesado.
Se o meu faro fosse menos apurado sobre os que te rodeiam.
Se a manhã fosse desejada pelos dois.
Se a nossa vida fosse só nossa.
Se o meu mundo fosse visto pelos binóculos do teu.
Se o medo do escuro não existisse.
Se a maldade dos que já te amaram não nos envenenasse.
Se a tua música ouvisse a minha.
Se desses ambição ao sonho.
Se a água fosse sem gás.
Se o tempo não me precipitasse.
Se o amor não fosse tão cobarde.
Se assim fosse.
Talvez tudo se desse.
Se não houvesse o se.
novembro 27, 2012
novembro 22, 2012
"para os que têm força e coragem para mudar de caminho a meio da corrida. Para eles…"
Um sopro chegado de longe, gritou-me hoje:
"Os campeões, os irresponsáveis filhos da mãe, os eternos teenagers de queixo de aço e corpo esquivo. Estamos no segundo minuto do último round e pela frente um adversário fresco, pujante, rápido e pronto a desferir um último gancho que nos deixará pendentes nas cordas a olhar para o tapete, com a vista turva, a babar as memórias de uma lucidez de coragem de pés ágeis de alguém que já conquistou o mundo. Um combate vazio de gente e de glória, sem prize-money, sem a miúda de biquíni nem banco para descansar da barragem de murros de onze rounds que não correram bem. O corpo está suado, escorregadio e tenso da pancada, pingos de sangue pintam o trajecto de dor que agora já nem sentimos, olhamos com o olho que ainda está aberto e… sem forças, sem medo, na esperança da coragem dos bravos enfrentamos um último minuto de porrada para que ninguém diga que não caímos de pé, porque na verdade basta um golpe bem colocado para virar o combate a nosso favor…"
novembro 16, 2012
Pronto é oficial: a idade está a aterrorizar-me.
As minhas amigas estão todas a ter bebés, ele é mensagem a dizer o peso, ele é foto com a mão pequenina e querida, ele é saber da descrição exaustiva do parto.
E eu vibro, fico feliz e triste, angustiada e receosa.
E temo o tempo que corre à minha frente e eu não alcanço.
As minhas amigas estão todas a ter bebés, ele é mensagem a dizer o peso, ele é foto com a mão pequenina e querida, ele é saber da descrição exaustiva do parto.
E eu vibro, fico feliz e triste, angustiada e receosa.
E temo o tempo que corre à minha frente e eu não alcanço.
novembro 05, 2012
Gosto de pessoas imperfeitas, sem duplos sentidos.
Das que são cruas e frontais.
Das que são doces e tímidas.
Das que não fingem papéis de perfeição e depois enganam subtilmente.
Gosto de pessoas com fraquezas assumidas e das que criticam mesmo que magoe.
Das que não usam a máscara da moral para agredir os outros.
Gosto das que não rezam em vão e das que não são beatas.
Gosto das pessoas que se assumem.
Das que são filhas da puta e das pessoas de caracter.
Mas gosto apenas das que se assumem. Das pessoas que são como são.
setembro 24, 2012
setembro 06, 2012
as mulheres que odeiam os homens
Tenho passado os últimos anos a lutar.
Luto contra um sistema que me parece que mata os mais frágeis, contra as regras impostas do trabalho que não olha para as pessoas e luto contra a política do medo.
Lutei contra o meu medo sempre. Visitei-o várias vezes, olhei-o de frente.
Andei a lutar contra os agressores e contra os homens que fazem mal às mulheres.
Tenho lutado contra o que considero injusto, para mim, para os outros.
Lutei sempre de frente, de peito aberto, como se fossemos forças iguais.
E apanhei quase sempre em cheio. De frente.
Umas vezes caí, outras feri-me de morte, outras tantas perdi demasiado e sob ameaça de ser a última vez.
Toquei no chão mais vezes do que as que fiz cair alguém, mas nunca me arrependi de ir de frente, com garra e sede de vida.
Movi-me sempre entre a fúria e a força que me vinha de dentro, a força da certeza que move o mundo e que muda sempre alguma coisa.
Lutei as vezes todas que quis, mesmo sabendo que ia perder, mas fui porque era da minha natureza não desistir.
Persisti muitas vezes quando tudo apontava a minha queda, mas ergui-me sempre, cada vez vez com mais mazelas e cicatrizes.
Perdi a força, talvez a tenha perdido com o tempo, sem a ver, sem a dosear no tempo certo.
Não tenho mais vontade de cair, de bater no chão. Perdi a vontade de ripostar. De ser agredida.
Deixei de querer ser forte por mim e pelos outros.
Alguém que agora lute por mim e me ame com estas marcas todas que foram infligidas, com as que também deixei.
Mas que me ame como sou, agora.
Porque eu desisti de lutar de tanto que fui agredida.
Enquanto ouço as confissões dos outros.
E as minhas.
Penso...
Será que só amamos enquanto vivemos da ilusão daquilo que queremos que o outro seja?
Será que só amamos o outro porque ainda não o conhecemos?
Será que amamos uma projeção daquilo que precisamos e não daquilo que o outro nos dá?Possivelmente, então, não amamos de verdade ninguém...
Não?
agosto 29, 2012
lema de vida obrigada
"Tentaste sempre.
Sempre falhaste.
Não te apoquentes.
Tenta de novo.
Falha de novo.
Falha melhor.”
— Samuel Beckett
Sempre falhaste.
Não te apoquentes.
Tenta de novo.
Falha de novo.
Falha melhor.”
— Samuel Beckett
agosto 07, 2012
E as pessoas que não sabem amar ninguém a sério e que a única coisa que precisam é de ter uma grande mochila de flirtes?
Eu acho tudo ótimo, principalmente quando o fazem sem pudor e sem amizade por ninguém, é de valor e coragem. E cada um é para o que nasce, não se pode negar a natureza.
A pessoa é muito dada, é bom, gosta da humanidade, ora eu gosto disso, só me preocupa porque a partir de certa idade, a operação já não chega para esconder o que verdadeiramente se é.
agosto 02, 2012
Acordo às 07h30 e luto entre a vontade de dormir e procurar o sossego da cama e do meu mundo, com a disciplina de que me faz bem correr.
Volto a adormecer. E a acordar.
Militarmente levanto-me e passo água fria nos olhos. Visto-me silenciosa e troco os gestos que deveriam ser mais rápidos e pragmáticos.
Penso que ainda há 2 dias estaria no Brasil e por isso a dormir e penso que mal acordasse que quereria ir caminhar para o paredão. Mas aqui... aqui custa-me ainda tudo.
Saio. Parada na rua do meu bairro, percebo que algumas lojas estão prontas a recomeçar o seu ciclo diário, sempre diário, como também tenho um. Mas não vejo ninguém. Os meus olhos não sorriem para as pessoas que conheço há anos naquela rua.
Começo a correr. Tento disciplinar-me no ritmo, na leveza do jogo entre pés, na força que deveria vir da mente.
Dói-me o coração e a cabeça estilhaça por dentro porque não controlo os pensamentos. Mal começo quero acabar. Só penso que tenho que ir trabalhar e isso devia alimentar-me as ganas para correr e a raiva para tomar atitudes, decisões.
Eu não fluo sempre. Nem a minha inteligência.
Digo mental e ininterruptamente it ain't how hard you hit; it's about how hard you can get hit, and keep moving forward. E corro... keep moving forward. Mas dói, estou a ir contra mim há algum tempo.
Dói porque corro, corro tanto e não sei para onde quero eu ir.
E o tempo que já passei a correr a perguntar para onde quero ir e o que me faz feliz, já devia ter trazido as respostas que persigo sem horizonte.
julho 09, 2012
Tranquilidade: Boa tarde, estamos a ligar para saber se quer activar um seguro de morte ou invalidez.
Eu: Não estou interessada em pensar na minha morte, nem tão pouco na melhor forma de ficar inválida para beneficiar de um seguro!
Tranquilidade: Mas pode acontecer-lhe.
Eu: Obrigada por me ligar a relembrar que vou morrer um dia destes.
**+*+*+####+- !!!!!!!!
junho 06, 2012
o coração cheio
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